terça-feira, 2 de março de 2010

REFLEXÕES CARNAVALESCAS


Ao começar a escrever sobre o Carnaval, pensei que não faria sentido falar sobre as coisas óbvias de sempre. Todo mundo sabe que os circuitos estão entupidos de blocos, e cada ano surge mais um (é Sertanejo, Eletrônico, Forró); camarotes vão virar shoppings em breve; os preços cobrados são cada vez mais altos (exclusão ou não, paga quem pode, quem não pode, mesmo assim, se esforça o ano todo para comprar seu abadá); a condição dos cordeiros é uma questão que merece continuar sendo debatida como esse ano foi; muitos empregos temporários são gerados; muitos turistas vêem para a cidade; a renda gerada é indiscutível; as “Estrelas” disputam espaço; as emissoras só cobrem as “Estrelas”; têm brigas, furtos e várias ocorrências e blá, blá, blá.

O fato é: A CIDADE PARA! As pessoas se “desligam das suas vidas normais” até a quarta feira de cinzas (tem aqueles que emendam até a segunda), adotam uma outra identidade, a de FOLIÃO. E mesmo aqueles que não ficam por aqui, e buscam fugir da agitação das festas, ainda assim, se desprendem da sua identidade e esquecem de tudo onde quer que estejam, afinal é Carnaval!

Até esse ano eu não tinha noção, de fato, que essa não era uma regra geral. Esse ano, enquanto muitos estavam na folia, minha mãe estava no hospital com meu padrasto, que precisou passar por uma pequena cirurgia. Foi assim que pela primeira vez parei para pensar sobre o pseudomundo que é o carnaval, uma realidade que acontece dentro dos circuitos para uma grande massa e, ao mesmo tempo distante e inexistente para outros. Não no sentido das questões socioeconômicas que permeiam as discussões carnavalescas, mas no sentido de perceber as várias outras situações que continuam ocorrendo enquanto a maior festa de rua do mundo acontece.

A CIDADE NÃO PARA! E enquanto os tambores tocam e a festa se faz na avenida, tudo acontece exatamente igual sem esperar pela quarta feira de cinzas. Nós é que parecemos ter calendário próprio e acreditamos que aqui o ano só começa depois do Carnaval. A verdade é que nosso calendário é festa! O carnaval mal acabou e já começaram as vendas para o próximo, além, claro, das festas juninas que já estão apontando (quando é mesmo o São João?).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

NÃO!! Ainda não desisti!



Eu sei que isso aqui está abandonado, mas é que não tenho tido muita paciência para ficar tentando expressar aquilo que penso. Ao contrário. Tenho preferido manter tudo muito bem guardado; às vezes, em segredo até para mim mesma.
A verdade é que no momento estou preferindo viver sem pensar no que poderia ter sido, sem pensar em "se" e "talvez", sem pensar no que poderá ser.
Neste momento penso que é melhor arriscar, afinal, nunca saberei o que poderia ter sido e o que poderá ser, se não tentar!!!


2009 foi de perdas, espero que 2010 seja de conquistas!

QUE 2010 SEJA REALMENTE UM ANO NOVO E NÃO SOMENTE UM NOVO ANO!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

QUEM NUNCA SEGUROU O TCHAN QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!

Ela não matou, não roubou, não traficou, mas dançou o “Todo enfiado” e perdeu o seu emprego. A professora de ensino fundamental, Jaqueline Carvalho, foi demitida após vídeo em que aparece dançando eroticamente em casa de show de Salvador parar na internet. Mas, atire a primeira pedra aquele que nunca segurou o tchan! Pedras foram lançadas. Muitas delas, julgamentos daqueles que podem não ter dançado o “sucesso do momento”, mas que, possivelmente, já “ralaram a tcheca no chão” e “esfregaram a xana no asfalto”, por sorte sem serem filmados.

Pois bem. Outras mulheres também dançaram o “Todo enfiado”. Quem são elas? O que fazem da vida? Perderam também os seus empregos? Por que não apareceram na mídia? E por que todas elas dançam dessa maneira? E o que nós temos com isso?

Como diz Erving Goffman, sociólogo e escritor canadense, ninguém age em total conformidade com as normas de comportamento socialmente aceitas. Ninguém. Por isso, acho que não devemos julgar alguém apenas por um único ato que se tenha cometido. Não quero dizer que “sim, devemos subir no palco e mostrar nossas calcinhas em danças eróticas sem nos preocuparmos com a conduta esperada”. Longe disso. Cada um tem o direito de escolher o que deseja fazer, tem liberdade de agir como quiser, se divertir da maneira que mais lhe agrada, mas deve tomar cuidado com as suas escolhas, sim. Pois, toda e qualquer sociedade espera determinado comportamento dos indivíduos relativo às posições que ocupam socialmente, e sempre que não nos comportamos da maneira esperada, mesmo que essa atitude não desrespeite necessariamente à vida de ninguém, e mesmo que os outros pratiquem atos semelhantes, podemos sofrer sanções, como perder o emprego.

Nossa vida pessoal, de fato, não diz respeito aos outros. Entretanto, comportamentos adotados por nós em determinadas situações, mesmo que fora do ambiente de trabalho, podem influenciar ou desencadear conflitos na esfera profissional, pois, por mais que tentemos separar, existe uma conexão entre as dimensões individual, social e profissional. Então, por melhor profissional que você seja, não se espante se sua imagem protagonizando alguma situação desconcertante ou inusitada for parar na internet, e você for demitido. Afinal, a sociedade não esperava isso de você.

Talvez se Jaqueline tivesse outra profissão, o estardalhaço não fosse tão grande. No entanto, seu papel social de educadora, de fato, está ligado à boa conduta estabelecida pelos padrões sociais, está ligado a uma conduta que possa servir de exemplo para seus alunos. Como afirma Goffman, o desempenho dos papéis sociais tem a ver com o modo como cada indivíduo concebe a sua imagem e a pretende manter. Ao dançar eroticamente em uma casa de show, a professora está adotando um comportamento desviante daquele que a sociedade espera para a posição por ela ocupada.

Coloco-me no lugar dos pais dos alunos da professora Jaqueline e, realmente, não sei se gostaria que a minha filhinha tivesse aula com a professora que dançou o “Todo Enfiado”. Mas, se pensar por outro lado, em talvez quão boa profissional seja ela, passo a me perguntar qual seria o problema de tê-la como professora se ela iria ensinar a ler e escrever, como, aliás, faz a cerca de cinco anos, e não a dançar? E por que os pais ficariam tão preocupados, se eles mesmos incentivam seus filhinhos a fazerem as tais coreografias e sorriem achando bonitinho?

Nenhum crime foi cometido, mas a pró Jaque perdeu seu emprego. Na verdade, a perda do emprego é o mínimo perto do que a divulgação do vídeo lhe custou. Além de ter a vida profissional afetada, ela teve também sua vida social prejudicada, pois, sua imagem foi bastante explorada pela mídia e estará sempre ligada à Música, aos celulares e câmeras filmadoras, ao erotismo das letras de pagode, esquecido durante todo esse momento pelas pessoas, interessadas em apenas execrar a professora.

Calma! Não estou agora culpando as músicas de pagode por fazerem mulheres dançarem eroticamente e perderem seus empregos. Não. Mas não posso deixar de mencionar o erotismo contido nelas, as ambigüidades e os trocadilhos, que, de certa forma, influenciam o surgimento de coreografias sensuais e eróticas. Vale lembrar que pessoas de diferentes classes sociais, idades e profissões dançam todas essas coreografias, se insinuam quando estão dançando e, às vezes, também fogem do que a sociedade espera delas. Como já disse, por sorte ainda não foram filmadas.

Diante do episódio da professora Jaqueline fica clara a necessidade de preservar nossa imagem e evitar determinados comportamentos para não afetar outros setores de nossas vidas. A sociedade praticamente nos exige isso e, como pudemos constatar, um único passo em falso pode abalar todas as estruturas da nossa vida. Mas, por favor, não execremos a professora do “Todo Enfiado”, agora tão deslumbrada com seus 15 minutos de fama, e não a julguemos como má profissional ou má pessoa a partir de um única ação. Afinal, na nossa terra querida, quem nunca segurou o tchan, que atire a primeira pedra!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

AnjO MaU



Se você vendeu sua alma ao diabo
Saiba que posso ser o próprio diabo
E meu inferno foi você quem criou.
Mas, por ironia do destino, tenho um par de asas
E o calor torna meu veneno ainda mais doce...

sábado, 11 de julho de 2009

Poema do Adeus


Redescobrira o meu sorriso
Quando achava que
Não mais o possuía.
Encontrara-me quando
Nem mesma eu
Sabia por onde estava.
Mas, fizera perder-me em ti,
Roubara meu sorriso só para si
E agora se vai,
Levando consigo
Um pedaço de mim...
Meu sorriso voltou a ficar triste
Porém, não mais como outrora.
Levas apenas um pedaço de mim,
Parte que lhe cabe nessa história.
O resto permanece aqui.
Uma metade à sua espera.
A outra... fugindo de ti.

sábado, 4 de julho de 2009

Como uma Flor


É na dor que mais se escreve.
Falar do sofrimento continua sendo
A preferência dos poetas.
Dores de amor.
Dores de dúvidas.
Dores de perdas.
Dor de existir sem saber para quê.
E em meio a inexplicáveis sentimentos,
Os mais profundos pensamentos acabam surgindo.
Como uma flor que consegue brotar na rocha,
As palavras mais doces surgem na dor.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Se cair, LEVANTE!


A vida é cheia de surpresas. Algumas boas,outras ruins...
Surpresas!
Nunca estamos preparados o suficiente para elas, ou pensamos não estar.
As coisas que nos acontecem não são por acaso, sempre têm um porquê, mesmo que não consigamos enxergá-lo.
Quando, por exemplo, algo ruim nos ocorre, diante da dor, da angústia e sofrimento, não conseguimos perceber o quanto somos fortes e o quanto aprendemos com cada situação. E sempre que situações semelhantes se repetem, pensamos ser o nosso Karma, achamos injusto, nos sentimos fracos, brigamos com Deus... Quão cegos nós somos! Ninguém recebe mais ou menos do que merece. Quando invejamos alguém por parecer não ter problema algum, por parecer ser perfeito e ter uma vida perfeita, é bom que lembremos que não há vida perfeita, muito menos pessoas perfeitas, pois se assim fosse, viver não teria sentido, não haveria dinâmica e a ociosidade reinaria. Viver sem mudanças, sem conflitos, sem lágrimas, é não existir, é manter-se parado no mesmo ponto do dia em que nasce ao dia em que morre. Viver sem mudanças, sem conflitos, sem lágrimas, é não aproveitar as chances que a vida nos dá de sermos pessoas melhores. Sei que no momento da tempestade é muito difícil manter o equilíbrio e, por isso mesmo, não impeço que a chuva caia. Lágrimas não são sinais de fraqueza, elas são a prova de que nós vivemos e de que o que julgamos ser o melhor, talvez não seja, assim como aquele caminho mais fácil, que apesar de menos doloroso, pode também não ser o melhor.
Antes de se revoltar com a sua vida, com tudo que está acontecendo nela, com seus problemas, com suas angústias e frustrações: PARE.OLHE AO SEU REDOR.ENXERGUE OS OUTROS A SUA VOLTA, ELES TAMBÉM TÊM PROBLEMAS,ÀS VEZES, BEM MAIS GRAVES QUE OS SEUS, EMBORA O SEU, NESTE MOMENTO, POSSA PARECER GIGANTE. NÃO SE DESESPERE, EMBORA SEJA DIFÍCIL MANTER A CALMA QUANDO TUDO EM VOCÊ QUER SAIR POR AI BRIGANDO COM O MUNDO. RESPIRE. PENSE EM VOCÊ. PENSE NO PROBLEMA. PENSE DE TODAS AS FORMAS POSSÍVEIS SOBRE O SEU PROBLEMA, COISAS BOAS E RUINS. O DESESPERO VAI SURGIR DE NOVO, MAS NÃO SE DEIXE LEVAR. AGORA PENSE QUE VOCÊ É CAPAZ, QUE VOCÊ PODE E QUE MESMO QUE AS COISAS NÃO SAIAM EXATAMENTE COMO VOCÊ QUER, VOCÊ, AINDA ASSIM, SAIRÁ DE TUDO DE CABEÇA ERGUIDA, POIS VOCÊ TENTOU. NUNCA TENHA MEDO DE TENTAR, DE ENFRENTAR SEUS PROBLEMAS E DE ENFRENTAR O PRÓPRIO MEDO, POIS SEM TENTAR VOCÊ NUNCA SABERÁ SE TERIA CONSEGUIDO.

Hoje eu decidi que sou capaz, que eu posso, que não sou menos nem mais.
Sou o que sou, goste quem gostar.
Mesmo que no final não aconteça exatamente como desejo, não será por falta
de tentar. Se cair, levanto outra vez...



"Pai, não compreendo teus planos,
mas tu conheces o meu caminho".



QUE ASSIM SEJA!